Sabia que no Oscar de 1936, três dos quatro indicados oficialmente na categoria de Melhor Ator foram indicados por suas atuações em um único filme?
O Grande Motim: três indicações e nenhuma vitória
Isso mesmo, na 8ª edição do Oscar, que ocorreu em 5 de março de 1936, três (Clark Gable, Charles Laughton e Franchot Tone) dos quatro intérpretes que foram oficialmente indicados na categoria de Melhor Ator daquele ano conseguiram suas indicações por seus desempenhos no filme O Grande Motim (“Mutiny on the Bounty”, no original em inglês), de 1935. O mais curioso, é que nenhum dos três levou a estatueta para casa.

O vencedor daquele ano foi Victor McLaglen (o único ator indicado oficialmente a não ter atuado em O Grande Motim) por sua performance em O Delator (1935). Esse fato fez com que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (instituição responsável pela organização e entrega do Oscar) criasse, já no ano seguinte, as categorias de Ator e Atriz Coadjuvante.
Mais curioso ainda, é o fato de que esse “fenômeno” se repetiria quase 40 anos depois no ano de 1973 e, dessa vez, justamente na categoria de Melhor Ator Coadjuvante. Isso mesmo. Naquele ano, três dos cinco atores indicados ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante conseguiram suas indicações por seus desempenhos em um único filme, o clássico O Poderoso Chefão (1972).

Os três atores eram James Caan, Al Pacino e Robert Duvall. Aqui, novamente, nenhum dos três levou a estatueta para casa. O vencedor foi o ator Joel Grey, por sua performance no filme Cabaret (1972). Essa é, até hoje, uma das vitórias mais polêmicas da história da Academia, já que muita gente acredita que Pacino deveria ter levado a estatueta para casa.